A Reforma Tributária no Brasil tem sido um tema de grande relevância nos últimos anos. Em janeiro de 2025, o Congresso Nacional aprovou a Lei Complementar 214/25, que regulamenta essa reforma.

Mas o que essa nova lei realmente traz para a mesa?

Vamos explorar os principais pontos dessa legislação e como ela pode impactar empresas e consumidores. Confira!

Substituição dos tributos

Uma das mudanças mais significativas é a substituição dos tributos tradicionais, por dois novos impostos:

  • ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e ISS (Imposto sobre Serviços) serão substituídos pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS);
  • IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), PIS (Programa de Integração Social) e COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) serão substituídos pela Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS).

Alíquotas e isenções

A Lei Complementar 214/25 estabelece novas diretrizes para as alíquotas e isenções relacionadas ao Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e à Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS).

Produtos essenciais, como alimentos básicos, medicamentos e serviços de saúde, passam a ter alíquotas reduzidas ou até mesmo isenção total. Essa medida é fundamental para garantir que esses itens permaneçam acessíveis à população, especialmente para as famílias de baixa renda.

Além disso, a lei define critérios específicos para outras categorias de produtos e serviços, visando uma tributação mais justa e equilibrada. Por exemplo, itens considerados de luxo ou não essenciais, como produtos eletrônicos de última geração, podem ter alíquotas mais elevadas para compensar as reduções nas categorias essenciais.

Essa abordagem equilibrada busca promover a equidade tributária, redistribuindo a carga fiscal de maneira que não sobrecarregue os consumidores mais vulneráveis. A implementação dessas novas alíquotas e isenções também pretende estimular o consumo de produtos e serviços essenciais, beneficiando a economia como um todo.

No entanto, a efetividade dessa medida dependerá da capacidade do governo de monitorar e ajustar as alíquotas conforme necessário, garantindo que os benefícios sejam repassados integralmente aos consumidores.

Devolução de tributos

Outra inovação é a devolução de tributos para consumidores de baixa renda. A lei prevê a devolução de 100% do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) em relação a serviços essenciais, como fornecimento de gás de cozinha, contas de energia elétrica, água e telecomunicações. Essa medida visa aliviar a carga tributária sobre as famílias mais vulneráveis, tornando os serviços essenciais mais acessíveis.

Por outro lado, para outros itens de consumo, a devolução será de 20%, exceto para produtos sujeitos ao Imposto Seletivo (IS), que inclui itens como bebidas alcoólicas, cigarros e combustíveis. Essa medida busca ampliar a redistribuição de recursos, beneficiando consumidores de diferentes faixas de renda e promovendo uma tributação mais justa.

Além disso, a implementação da devolução dos tributos exigirá a criação de um sistema eficiente de monitoramento e reembolso, garantindo que os benefícios cheguem aos consumidores de baixa renda de forma eficaz.

Isso pode demandar ajustes operacionais tanto no setor público quanto no setor privado, para assegurar a correta aplicação das novas regras e o cumprimento dos objetivos da reforma tributária.

Impacto nas micro e pequenas empresas

A Lei Complementar 214/25 flexibiliza os limites para recolhimento de ICMS e ISS, permitindo que essas empresas tenham um prazo maior para ajustar sua situação fiscal.

Além disso, a emissão de nota fiscal passa a ser obrigatória para todas as operações de venda e prestação de serviço, o que facilita o controle e a arrecadação de tributos.

Simplificação do sistema tributário

De fato, um dos maiores objetivos da Reforma Tributária é a simplificação do sistema. Nesse sentido, esse processo de unificação visa reduzir a burocracia e facilitar a conformidade tributária, o que, em teoria, torna o sistema mais transparente e fácil de administrar.

Além disso, com a unificação, espera-se que as empresas gastem menos tempo e recursos com a apuração e o pagamento de tributos. Essa mudança pode ser especialmente benéfica para as micro e pequenas empresas, que enfrentam dificuldades com o sistema tributário atual. No entanto, a transição para esse novo modelo pode gerar algumas dificuldades nos primeiros meses, enquanto os contribuintes se adaptam às novas regras.

Desafios e oportunidades

Embora a Lei Complementar 214/25 traga diversos benefícios a longo prazo, a transição para o novo sistema não será simples. As empresas precisarão de tempo para adaptar seus sistemas contábeis e fiscais, além de entender as novas obrigações que a reforma traz. A implementação do novo IVA, por exemplo, exigirá ajustes nos processos internos de apuração de tributos, além de novos investimentos em treinamento e tecnologia.

Para garantir que a transição seja o mais tranquila possível, será necessário um suporte adequado aos contribuintes, com orientações claras sobre as mudanças e como elas devem ser implementadas. Além disso, a adaptação gradual do sistema tributário será importante para evitar conflitos e garantir que as empresas possam se ajustar sem grandes prejuízos.

Conclusão

A aprovação da Lei Complementar 214/25 representa um marco importante na história do sistema tributário brasileiro. A reforma traz uma série de mudanças significativas, que visam simplificar a cobrança de tributos, reduzir a burocracia e criar um ambiente mais eficiente para os negócios. Contudo, os desafios durante a transição não devem ser subestimados, e é essencial que as empresas estejam preparadas para as novas regras.

Apesar de muitos pontos ainda gerarem dúvidas, o objetivo da reforma é claro: criar um sistema mais justo e menos complexo. À medida que a adaptação ocorre, os benefícios dessa nova legislação devem se tornar cada vez mais evidentes para todos os contribuintes.

Por isso, é fundamental estar atento às mudanças e buscar apoio especializado para garantir que sua empresa se beneficie da Reforma Tributária da melhor maneira possível.

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